segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Frei Caneca

Três coisinhas nada à toa sobre a Frei Caneca, uma das minhas ruas preferidas em São Paulo:


Número um 

Foi lá que Raul Seixas, a lenda, passou os últimos meses de sua vida intensa e curta. De bar em bar, entre um show e outro. Os mais velhos lembram do roqueiro quieto, nos balcões da vida.

Como assim, Raul andou pelas mesmas calçadas em que a gente passa apressada, carregando sacolas?

Número dois

Fica na Frei Caneca o alternativo Teatro e Bar Cemitério de Automóveis. Mário Bortolotto, o dramaturgo, o músico, outra lenda, é o dono do pedaço. Ali faz música, bebe e escreve.

Já passei e vi o Mário sentado na varanda, celular na mão, olhos na telinha.

Será que acompanhava a repercussão de um dos seus textos sinceros?

Acho que sim.

Número três

Logo após o Cemitério de Automóveis, tem uma escola de balé. A música clássica escapa pela janela e chama a atenção. Aí a gente olha e vê as bailarinas, clássicas, belas, incomuns na rua escura.

E que rua.