quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O Canto das Mulheres do Asfalto

O risco de escolher o Largo do Arouche para a encenação de uma peça de teatro ao ar livre é a concorrência. O público tem muito o que olhar, além dos atores em cima das árvores e atuando na rua, com o sinal aberto. Os galhos góticos das árvores tradicionais. O moço de cabelo azul. O jovem drogado, sorriso aberto diante da novidade na praça de sempre. A arquitetura eclética dos prédios. O gato que ri. As travestis. O restaurante francês. A floricultura. As esculturas. A miséria escancarada. As ousadias de que só São Paulo é capaz. A peça é O Canto das Mulheres do Asfalto. E, sim, olhar e ouvir o Arouche faz parte do espetáculo, em cartaz até o final de agosto.