terça-feira, 28 de abril de 2015

O dia em que Fernandona aplaudiu Abu

Há dois, três anos, assisti Fernanda Montenegro na peça "Viver sem tempos mortos", obra inspirada na correspondência de Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre. Todos, no teatro, estavam ávidos pelo talento impressionante da atriz. Importava pouco o texto denso dos existencialistas. E Fernandona, no final, contou que sempre representa para um coletivo. Usa toda a sua energia e respeito para conquistar o público. Naquele dia, no entanto, foi diferente. Ela atuou para uma só pessoa da plateia: Antônio Abujamra, o Abu, homem dos palcos que inspirou a grande dama. Fernanda, elegante e emocionada, abriu mão dos "bravos" tão constantes em sua carreira e, naquela noite, aplaudiu Abu.

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